Eudócius Rubro - GUARÁ - Ave Símbolo de Guaratuba-PR - AJUDE À PRESERVÁ-LA EM SEU AINDA TÍMIDO RETORNO AO LAR

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SONHOS DE FIM DE INVERNO


Sem pressa, fechou sua conta no Hotel Vila Real, em Guaratuba, e se preparou para o evento previsto para acontecer às 23:32 h...
Tinha tempo para aquele encontro, daí ter o cuidado de não se decepcionar, nem decepcioná-la!
Conduziu seu carro até um estacionamento utilizado pelos surfistas, num ponto deserto e sem iluminação noturna , não mais que a 8 km do centro da cidade.
Reclinou o banco após programar no som do carro algumas músicas em MP3, baixadas através da internet e se deliciou com elas, enquanto aguardava sua chegada.
Quase cochilou . . .quase!
Seria um desastre, mas se recuperou a tempo de seu embevecimento musical.
Pontualmente , 2 minutos antes do encontro, saiu do carro após tirar os mocassins e arregaçar a calça branca tirando a camisa para sentir a brisa do vento suave massagear seu peito.
Apanhou o estojo de couro preto , a maleta térmica no banco de passageiro e se dirigiu à praia, caminhando descalço sentindo a maciez da areia branca, fina e fria...
Sobre um tronco enterrado na areia a 10 metros da préamar, depositou os dois volumes e sentou-se à espera dela no momento em que a primeira lâmina de onda espraiada chegou mansamente a molhar seus pés.
Noite sem uma nuvem sequer, sómente o cintilar de milhares de estrelas num céu de breu azulado escuro.
No horizonte infinito do mar calmo, um suave clarão prenunciava o evento e no momento em que se pôs de pé, e passou sobre os ombros a alça do recipiente térmico, soprou um vento vindo de NO, porém de maneira delicada, fazendo seus cabelos louros e fartos se agitarem levemente.
Caminhou em direção à àgua até ter suas canelas e a barra da calça arregaçada serem tocadas por ela.
Foi rápido, e em menos de 1 min ela surgiu bela e radiante , esparramando seu manto prateado sobre as águas num feixe luminoso que atingiu sua alma e alegrou seu coração.
Abriu o feixe ziper da sacola térmica retirando a garrafa de cor escura e rótulo dourado...
Desenrolou o arame que prendia a rolha de cortiça sem pressa, e sem esfôrço de seus dedos ela saltou do gargalo com o agradável estampido...a espuma branca do Dom Perignon safra 55 transbordando!
Duas taças de cristal da Bavária receberam o líquido borbulhante...
Olhou para a Lua cheia que nesse momento já flutuava acima do horizonte, e sorriu feliz.
Uma das taças foi despejada na água, a outra tocou seus lábios com as bôlhas do champagne atingindo seu nariz de maneira tão aromática quanto o delicioso sabor que o néctar dos deuses lhe proporcionou ao paladar.
Se voltou para o NO e brindou sua nova amiga, que naquele momento deveria estar olhando para a mesma Lua Cheia, a uns 500 km de distância...
Voltou ao tronco encalhado, deixou ali a maleta térmica com a garrafa vazia e as taças.
Do estojo de couro retirou seu saxofone dourado que a tanto tempo lhe acompanhava.
Começou com Summertime, passou My Funny Valentine, Tenderly, e concluiu a serenata com a música preferida dele, em homenagem à nova amiga distante...o Harlem Nocturne.
Pouco depois tomou à rodovia que o conduziria à Curitiba naquela madrugada de lua cheia.
Exerceu seu outro prazer, o de dirigir seu Porsche em alta velocidade, o que o distraiu...

sábado, 17 de setembro de 2011

O Eric e seu primeiro Disco Voador - relato



Nota do Autor:
AO FAZER UM BUSCA NO GOOGLE DE ( pesquisa: ufos ovnis imagens ) ALGUMA IMAGEM DE UFO QUE MAIS SE APROXIMASSE DO QUE VI, DESCOBRI PORQUÊ NÃO SE DÁ CRÉDITO AOS RELATOS VERDADEIROS.
É MUITA PALHAÇADA DE MAL GÔSTO GENTE!
DENTRE TANTAS MONTAGENS,  SELECIONEI ESTA ACIMA, PARA ILUSTRAR MEU RELATO, NÃO QUE A FORMA SEJA  ESSA QUE AVISTEI, MAS PELO MENOS FOI A ÚNICA QUE SE APROXIMOU DAS CORES E DISPOSIÇÕES DE LUZES INTENSAS, OU SEJA LÁ O QUE FÔSSE.  
Cansado de ser ridicularizado por pessoas que o incentivavam  relatar suas experiências vividas, na área da Ufologia, decidiu se calar.
Mas acabou pensando ser injusto privar as pessoas que se interessam realmente pelo assunto, afinal nunca mentiu sobre isso e nem inventou estórias prá ganhar dinheiro às custas de pessoas crédulas e ingênuas.
E isto , Eric está  " careca "   de ver acontecer na media, nacional e mundial, através de pessoas inescrupulosas...    que se passam por jornalístas sérios, sôbre assunto de interesse popular!
" Me utilizei de um artifício para retornar ao assunto, e através de um dos meus personagems fictícios de contos que escrevo e tenho postado no TextoLivre , e em meus Blogs.
Gente, o Eric se ferrou e vai ter de aguentar, como bom personagem fictício que é,  as inevitáveis gozações sobre esses  relatos!"
Luís Fernando Frenzel Ottmann

O primeiro Disco Voador do Eric, ou seja lá o que era aquilo, pois formato de disco é que  não tinha!

O ano era o de 1969 no mês o de Maio,  e madrugada de uma segunda-feira.

Trajeto da viagem : De Curitiba à Foz do Iguaçú-PR

Condições Climáticas : Noite aberta , sem nuvens, Lua Nova e céu estrelado.

Horário : 04:00 horas da manhã

Condição física e mental do Eric : Sóbrio

Nível de cansaço : Zero ( exercia uma das suas paixôes, dirigir numa estrada semi deserta escutando no   radinho AM, suas músicas prediletas)
Ponto de Avistamento : Km 405 da BR-277 (Entre Laranjeiras do Sul e  Guaraniaçú - PR )

Do Objeto Avistado :

                                Surgiu diante do parabrisas do fusca, como umas luzes brilhantes à grande altitude e
                                distância, e se aproximando à grande velocidade, como um avião se preparando à uma aterrisagem.
                                Não era avião coisa nenhuma, nem helicóptero , muito menos um balão metereológico  em formato 
                                de Zepelin!
                                 Afinal naquele canto de mato escuro, sem nenhuma luz de  vilarejo próximo, o que fazia por alí?
                                 À medida que "descia" sob a visão do Eric, a coisa  aumentava de tamanho.
                                 Ao  estar à pouco mais de 500 m de distância à sua frente  e à uma altitude de apenas uns 300 m  
                                 de distância revelou-se imenso.
                                Algo assim como dois navios Transatlânticos somados em comprimento e largura.
                               Totalmente silencioso, sem interferir no rádio Blaupunkt do Eric, sintonizado na Rádio Guaíba-RS,   sua 
                               companheira    de madrugadas e boas músicas pelas estradas.
                               Nada do que Eric já havia lido sobres esses fenômenos, de que a corrente elétrica do carro era
                               cortada, e que os motoristas e passageiros dos automóveis entravam em pânico diante disso.
                               Inúmeras luzes de cor esverdeada e alta intensidade, espalhadas ao longo da fuselagem e outra 
                               de cor vermelha , encarnada, lembrando uma luz de navegação noturna dos nossos atuais
                               aviões  comerciais, no que parecia ser uma cauda, pôpa ou seja lá o que fôsse..."aquilo"!
        
                               A velocidade de aproximação ao solo, havia sido simplesmente "estonteante" algo como umas  dez 
                               vezes superior aos mais modernos jatos do tipo caças  supersônicos de hoje.
                               Decididamente aquela "coisa" não era nenhum aviãozinho!

                               E nem pilotado por contrôle remoto pelos indiozinhos da tribo Guarani da Reserva bem próxima dali.
                                Parecia ir se espatfizar no solo de tão ousada manobra veloz de aproximação.

                                Nada,  pairou no ar , estático à apenas alguns metros sobre o topo das  árvores e  ficou                        

                                paradão, flutuando e sem qualquer outro movimento.

                               Nessa altura,  Eric já  estacionado  seu fusca no acostamento, com as mãos e pernas tremendo...

                                Vontade de sair do carro e se embrenhar no mato prá ver a "coisa" mais de perto,  não  faltou,   apenas, algum
                                incentivo de algum amigo que porventura estivesse no seu carro.

                                Mas não havia ninguém para o incentivar e testemunhar!

                                Nenhum automóvel ou caminhão passando por ali naquele momento.

                                Faltou coragem e, daí,   "primeira engatada" e  pneus cantando prá "vazar" dali o  mais rápido possível!
                        Seguro e canja de galinha na hora final, morreram de velho...eh eh eh
                                Eric chegou à Foz do Iguaçú já dia , numa manhã clara e foi diretamente à Ponte da Amizade , encontrar
                                seus dois amigos assuncenos, que vieram da capital do Paraguay encontrá-lo, como combinado.

                               Os dois que fizeram o percursso de 400 km de Assunción à Foz do Iguaçú, também se mostravam meio
                               assustados no interior do belíssimo Volvo que haviam comprado em sociedade.

                               -Que houve rapazes, viram alguma onça pintada pelo caminho? Eric brincou

                                -Pero que  nada, hombre, nosotros lo vimos mismo  una cosa muy , como habla UD  una cosa muy etraña à arribar  del
                                  cielo...

                                 -Pronto, a cagada tá confirmada - Eric pensou  - já sabendo que não viu miragens.
                                 
                                 E se a porcaria era a mesma que viu, não poderia saber, mas que a "atividade" da noite anterior
                                 foi bem intensa, e como foi ,  pelo que percebeu!

 
Mais uma nota do Autor:

                              -  Depois dessa "visão" , o Eric, passou  a olhar com mais atenção ao céu, e já contabiliza mais de
                                 28 ( vinte e oito ) em seu histórico de aparições fantasmagóricas, ou nem tanto...
                       - Procura e procura fotos ou imagens dos pretensos  Ufos que já ví, mas não encontra nada parecido ...
                          ... apenas imagens forjadas e editadas na internet ,  por " malandros agulhas" de bonés virados.

          
Em Tempo : Tenho mais 27 (vinte e sete) detalhes de outros avistamentos para contar á vocês, e sempre através do Eric!

                                           

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Guarás em Guaratuba-PR - O Retorno da Saga

Nós,  guaratubanos  nem  acreditávamos mais, porém ...a Natureza se mostrou mais uma vez, Soberana e  Maravilhosa!
Explico...
Os colonizadores da nossa região, práticamente exterminaram o "Eudócius Rubro" da nossa convivência, caçando essas Aves , para se amealharem de seus ovos e carne para alimentação.
De suas belíssimas penas escarlates ...para exportação às Cortezãs dos Reinos Europeus da época, se enfeitarem em suas fantasias!
Mas quem eram "ou são elas"?
Vejam nessa foto a beleza  e imponência dessa espécie de ave...



 Dizem, maldosamente , é claro, que a Fundação O Boticário, nos privou da repovoação dessas belíssimas aves, em Guaratuba, privilegiando Cubatão-SP ...no seu projeto.

Explico mais uma vez...

A maior população de Guarás, ocorre no Estado do Maranhão-Br, onde,  ainda podem sobreviverem às margens, da  ganância dos seus exploradores!

Daí, a Fundação O Boticário ter importado essa espécie de Aves para repovoar os mangues de  Cubatão em SP...

Mas e nós, da Baía de Guaratuba, onde eles se proliferavam e faziam daqui sua Maternidade?
Pelo menos é o que a herança da parca linguagem falada dos Guaranís-Carijós ,  nos conta!

GUARATUBA =  O LUGAR DOS GUARÁS, onde eles se procriavam e se estendiam à outros lugares aprazíveis à sobrevivência deles, em seu território!



Dizem, que muitos dos pescadores esportivos de Robalos de Guaratuba, já saem munidos em seus barcos, de câmeras com lentes zoom, só prá poderem verem e fotografarem  nossos Guarás Nativos, sem ajuda de Instituições Patrocinadas por empresários, honestos ou gananciosos!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Robalo Flecha - Baía de Guaratuba - PR


Robalo Flecha capturado por um dos tripulantes da equipe gaúcha do Barco Arpia na baía de Guaratuba, durante um campeonato patrocinado pelo Iate Clube de Caiobá , sediado no município de Guaratuba-PR.
Modalidade da pesca:
Rodada, barco livre à corrente da maré auxiliado por motor elétrico, e uso de isca viva
                ( camarão ou manjuba, não especificado pelo autor da façanha).
Pêso do Bichão : 8 Kg
Devidamente, pesado, fotografado e solto nas águas ainda cansado da luta, mas vivo, para continuar sua Saga de repovoação da espécie em seu habitat natural, a quarta maior baía do Brasil e a mais preservada em seu ecossistema e biodiversidade...
Vamos pescar, esportivamente, praticando a arte da pesca na honesta modalidade..." pegue-solte "?

Tudo bem, deu fome né?

Inúmeros e bons restaurantes de frutos do mar,  à prêços honestos em Guaratuba.






Ao fundo da primeira foto, o Morro do Pinto na cidade de Guaratuba-PR

sábado, 10 de setembro de 2011

REDES DE TV BRASILEIRAS, OS NOTICIÁRIOS E OS CAMPOS DE FUTEBOL

 


A cada dia, vejo com mais frequência nas redes de TV brasileiras, em seus noticiários, informações  desse tipo:
- Queimada em Mato Grosso - Foi detectado pelo satélite "tal" uma grande queimada na Amazônia, em território matogrossense de mais de 250.000 hectares ,  o equivalente à "TANTOS CAMPOS DE FUTEBOL" !!!
- Avanços na Pecuária - Nossa reportagem esteve in loco, numa região em franca expansão na área da pecuária, e através da Secretaria  da Agricultura do Estado do Tocantins, foi informada que os avanços no campo , só nesse ano representam algo em torno de 50.000 hectares, o equivalente "À TANTOS CAMPOS DE FUTEBOL"!
-Pré-Sal - O Ministério das Minas e Energia, nos informou em primeira mão e com exclusividade que os campos petrolíferos do pré-sal, atingem mais de um Bilhão de metros quadrados, o equivalente  " À TANTOS MILHÕES DE CAMPOS DE FUTEBOL"!!!
- Camada de Ozônio - Da Estação Científica Barbosa Ferraz na Antártica, recebemos notícias "quentíssimas"  e com exclusividade  de que o buraco na camada de Ozônio sobre o continente gelado, avançou em mais de 3 milhões de Km² ,e senhores telespectadores, isso é algo em torno de "CENTENAS DE CAMPOS DE FUTEBOL"!!!!!
-Desastre Ecológico na Baía de Guanabara - A Petrobrás confirmou no dia de hoje um vazamento numa válvula da refinaria TAL e que a mancha de óleo já atinge 2,5 Km², algo em torno de " TANTOS CAMPOS DE FUTEBOL"!!!
-Rio contra o Crime - As Fôrças Armadas, Polícia Federal e o Bope, confirmam já ocuparem uma área de aproximadamente 250 mil hectares no Complexo do Alemão, o equivalente " À TANTOS CAMPOS DE FUTEBOL" !!!!

Sugestão para o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E O INSTITUTO DE PESOS E MEDIDAS DO BRASIL:
SUBSTITUAM urgentemente  O SITEMA MÉTRICO DECIMAL , pelo SISTEMA FUTEBOLISTA corinthiano, assim ficará mais fácil para os brasileiros SEM ESCOLA, ou MAL ESCOLADOS, poderem avaliarem o tamanho de uma área com mais precisão.
Os âncoras dos noticiários das redes nacionais de Televisão agradecem penhoradamente, pois assim nem irão mais precisarem fazerem o enfadonho trabalho de conversão de medidas para informarem com mais precisão seus telespectadores!

PÉROLAS DOS NOTICIÁRIOS DE TV EM HORÁRIO NOBRE

 



Grande Apreensão de Drogas - Numa blitz na Rod. Br-277, próximo à Foz do Iguaçú, a Polìcia Rodoviária Federal, aprendeu uma carga de maconha, escondida entre tábuas de madeira, num caminhão e no total de 5 mil toneladas,  oriúnda da fronteira com o Paraguai!
Curiosidade no Campo - Nossa reportagem encontrou um agricultor da região de Itú em SP, colhendo uma espiga de milho com nada menos de 56 milhas de comprimento!
Ataque de Tubarão na Praia de Boa Viagem-Recife-PE - Bombeiros guarda-vidas retiraram nesta manhã , das águas dessa praia um surfista que fora atacado por um tubarão de 17 m de comprimento e que devorou suas três pernas, porém com a intervenção rápida e precisa do bombeiros, milagrosamente o esportista sobreviveu ao ataque!
Pantanal " Urgente " - Pescadores esportivos em férias no Pantanal do Mato Grosso do Sul, abateram nas proximidades do rio Miranda, uma gigantesca sucuri, tipo Anaconda, com 35 metros de comprimento e que na  ânsia de escapar dos seus algozes, regurgitou um boi zebú com nada menos que 560 kg.
Após abatida a pauladas, a sucuri, tinha em seu interior ainda, duas capivaras, uma anta e um do cães de caça do seu Zezinho, que havia sumido a dois dias, nos informou em primeira mão, nosso correspondente de Campo Grande-MS.

UMA ESTAÇÃO CHAMADA FELICIDADE

 

Eric estacionou a motoneta aérea que havia locado num dos Shoppings Centers, no espaço reservado à Companhia que explorava esse sistema de táxis individuais e especiais, na Gare da moderníssima e recém inaugurada estação.
Sua intenção era embarcar naquele trem bala de altíssima velocidade, com destino à Paris e que percorria esse caminho  através de um túnel subterrâneo entre  Curitiba e Paris...num total de 6.000 km de extensão, cruzando o Oceano Atlântico, passando debaixo do Canal da Mancha, até o Museu do Louvre, onde ficava o terminal de linha direta.
Uma viagem rápida e confortável, e de apenas 10 horas...
Cumpriu todo o ritual exigido pela empresa que operava o sistema, a começar pela roupa térmica que acompanhava o bilhete.
Como bagagem, apenas o estojo de instrumentos pessoais, tais como, o aparelho elétrico à bateria de lítio ,automático de higiene bucal, e o sistema moderno de liberações fisiológicas dotado com adaptadores e imediata destruição dos resíduos, transformando-os em ração granulada destinada aos espaços zoológicos de espécies já extintas em espaços anteriormente existentes em céu aberto.
 A alimentação necessária durante esse percursso, era proporcionada através de tubos esterilizados de fornecimento de densos líquidos , instalados em todas as poltronas individuais dos passageiros.
Mesmo para aquela  época , a infra-estrutura da estação era futurista, com desenhos arquitetônicos leves, porém belíssimos, além de práticos.
Esteiras rolantes, transportavam os passageiros através de trincheiras por baixo das linhas monotrilhas  das composições com destinos diferentes  e que formavam  um emanharado de portões de embarques.
Eric vivia e desfrutava das modernidades atuais, mas sentía-se sempre meio atordoado com o burburinho alegre da imensa quantidade de pessoas usuárias do sistema.
E naquela manhã de primavera, o burburinho era intenso, pelo início das férias universitárias.
Hawaii, Bora-Bora, Ilha da Páscoa, Galápagos e outros destinos dos mais procurados...até o sopé do Everest eram servidos por linhas subterrâneas.
 Havia até uma linha direta ao terminal do complexo   Museu Smithsoniano nos EUA!
Mas seu destino estava selado, e Eric não abriria mão...apesar das tentações, . . .o Museu do  Louvre!
Distraído, olhando a tela do seu mais novo GE-Pod-IV, nem se deu conta de algumas exclamações injuriosas de vários passageiros ao seu lado.
-Amoooor...veja só o que aquelas pessoas estão fazendo,....não acredito!
Falou uma garota com seus cabelos nas côres do arco-íris ao seu namorado, usando uma fantasia de um dos mais novos super-heróis dos filmes digitais da atualidade.
-Ohhh....é mesmo Walquíria, elas estão pulando os muros de proteção e correndo em direção àquela coisa horrenda lá do outro lado dos monotrilhos...aiii...que gente mais “demodée”, né?
Esse diálogo chamou à atenção do distraído Eric, e só então ele viu aquilo.
À uns bons 300 metros da plataforma principal, onde se encontrava, se via um descampado e ao limite dele uma construção que parecia ter saído de um filme de cown-boys do século XIX...
Uma estrutura pequena e de madeira, tendo à frente de sua plataforma, uma linha paralela, com...
-Não acredito nisso! Pensou Eric
Dois trilhos!
Mas isso não existe a mais de cinco séculos! Pensou entre pasmo e admirado.
Notou que as pessoas que corriam em direção à pequena construção de madeira, não usavam as roupas especiais de viagens “bálicas”, e se vestiam como se saindo de um palco de teatro primordial.
Tentou interpelar uma moça usando calças  jeans das bem antigonas, mas ela apenas sorriu sem parar de correr!
-Rápido moço, se não vai perder o trem!
-Como assim perder o trem? Sabemos que nenhuma composição se desloca  antes de ter todos seus passageiros acomodados em suas poltronas...
Falou sózinho, pois a garota já havia colocado uns bons 30 m de dianteira.
Sem saber porquê, saiu às carreiras atrás da moça, saltando como ela e outros , aqueles murinhos baixos de proteções em direção à pequena casinha de madeira.
-Devo estar tendo visões! Eric pensou
-Ou morri, ou devo ter voltado ao Passado!
A estação era uma construção de duas águas cobertas com arcáicas telhas de cerâmica, e uma plataforma de madeira estreita diante dos dois trilhos de bitola estreita.
Nos bancos de tábuas, os passageiros à espera , do seja lá o que fôsse, exibindo àquelas expressões de alegria das crianças.
Um homem velho, de barbas e cabelos brancos, bonachão, gordo, vestindo um daqueles macacões azuis de suspensórios e rosto corado, não parava de oferecer: Bilhetes...bilhetes!

Uma moçoila jovem e coradinha de uns 15 anos, carregava uma cesta de palha coberta com um alvo pano de saco de farinha de trigo  nos braços  e oferecia...
-Olha os sonhos da vovó, sonhos de goiabada, sonhos de nata, fresquinhos!!!!
E a alegre turba de passageiros, comprando todos os sonhos que ela oferecia!
Eric cada vez mais bestificado com aquilo tudo, se beslicando para acordar.
-Mas o que é isso que estão comprando? Eric perguntou à garota de jeans que havia interpelado durante a desenfreada correria.
-Sonhos, moço, nunca experimentou? São deliciosos...
-Nunca houvi falar , mas como se compra isso?
-Ahhh...com aquelas moedinhas antigas que nossos trisavós guardavam dentro de cofrinhos...
...eiii....você não tem moedinhas de bronze, né moço?
-Eu nem sei  o que é isso! Eric confessou...
-Então tá, vou te emprestar algumas, é que acabei de encontrar um cofrinho da minha bisavó repleto delas...
-E essa comida não é ....”tóxica” ?
-Bobinho, vai se lambuzar de tanto comer e gostar, podes crer!
Eric nem teve tempo de se lambuzar com nata e goiabada, pois o velho senhor da plataforma, retirou de um bolsinho uma traquitana, parecida com um dos mais antigos relógios inventados amarradinho ao seu cinto com uma correntinha,  e  todo feliz anunciou em voz alta de barítono.
-Tá chegando...daqui a um minuto ele aponta na curva!
Eric olhou prá curva dos trilhos paralelos a mais de 500 m...e não viu dada.
De repente, levou o maior susto e gritou prá todos!
-Incêndio....incêndio gente!
É que ele viu duas nuvens de fumaças sendo projetadas ao ar, uma meio acinzentada e outra branca como neve, a pouca distância da curva dos trilhos.
A moça dos sonhos, com um sorriso acolhedor lhe falou:
-É sua primeira vez né?
Nem teve tempo de assimilar a pergunta e viu incrédulo uma coisa horrenda, uma massa de ferros surgir na curva e com aqueles intrigantes sons.
Chuc, chuc, chuc chuc....Piuuuuííííí....piuííí...
Olhou para o velho da plataforma, meio aparvaolhado...
O senhor,  sorriu para ele e indicou uma pequena placa de madeira pendurada por duas correntinhas fixadas na estrutura da cobertura da plataforma sem forro.
Impressa à fogo nela, o destino dos passageiros ali à  espera do  “tal”  trem...
. . .FELICIDADE!

FAZER OU "SABER" COMO FAZER ?

 





Aconteceu numa primavera na Baía de Chesapeake, no litoral sul da Costa Leste dos EUA, em 1897.
O Eric, entendiado com sua faina diária de captura de ostras e caranguejos naquele trecho da baia, havia acabado de fazer sua refeição, um guisado de ostras e bolinhos de carne desfiada de caranguejos (*)
Seu barco "aleijado" como chamava seu SkipJack, ( designação desses barcos em homenagem ao peixe de maior ocorrência  na baía de Chesapeake)  balançando suavemente na baía em maré muito baixa naquele momento.

Cumpre-se dizer que seu barco fora por ele encomendado no estaleiro de um mórmon, situado no rio Choptank, um dos afluentes da baía de Chesapeake...

Ao ver o barco pronto, se recusou a aceitá-lo, pois o marceneiro naval, instalou , não só uma, mas duas quilhas ao lado da longarina mestra do veleiro, e não entre ela, como se costumava fazer em outros estaleiros., e pior , pequenas e uma à um terço da proa e outra ao terço da pôpa!

Quebrou o maior pau entre cliente e o fabricante de barcos.

-Tu é louco , crente e filho de uma égua...arruinou o casco do meu barco!

-Posso ser louco mas não sou burro, seu filho de uma búfala!

-Quero meu dinheiro de volta!

-Impossível, já o enviei prá minha Igreja...

-Desgraçado, esse barco vai navegar torto, com essas duas  quilhas pequenas e mal posicionadas no casco!.

-Vai nada, seu marinheiro incompetente, além disso a longarina mestra é a segurança do barco nas águas da baía e do oceano, jamais um construtor naval sério, iria furar, rachar e enfraquecer a longarina prá embutir uma  ou duas  porcarias de quilhas no meio dela...

Barraco daqui, barraco dali, e entraram num acordo.

Até porquê, o Eric viu extasiado o belo mastro de carvalho, uma obra prima, montado no terço da proa, pura maestria de obra de arte.

Fixado no fundo do barco, na cabeça da   raíz principal  da mesma madeira, o carvalho que originou o mastro.

A base dele, quadrada, firmemente embutida na raiz fixada por travessas confiáveis entre as cavernas.

A transição de quadrado para octavado, quase imperceptível, e na altura da passagem por uma  gaiúta, abertura de passagem do porão ao convés , e já sextavado ,e dali em diante , cilíndrico e perfeito até seu topo aos 36 pés de altura.

O filho da mãe do mórmon havia deixado o mastro na altura de sua passagem pro convés com uma folga na gaiúta, para evitar tensões de ventos fortes e que poderiam quebrá-lo e danificar o casco.

Mesmo de cara amarrada, Eric não deixou de sorrir satisfeito ao ver a solução, mas claro , que muito discretamente pro crente não perceber , sua..."fraqueza".

Os estais e brandais de fixação do mastro ao longo do eixo proa-popa e no sentido tranversal de boreste à bambordo, tramados em feixes de sizal, super resistentes, pelo filho do mórmon.

A vela...deixou o Eric deslumbrado...

Feita de algodão pela esposa do religioso crente, e de uma espessura que o deixou abismado.

-Uau...ela resistirá a ventos de mais de 100 knots! Eric pensou no maior entusiasmo, aceitando imediatamente o barco, apesar de "aleijado" na posição das quilhas
.
Turrão como era, o Eric não dava o braço a torcer, apesar de maravilhado com a suavidade de navegação do Skipjack..."aleijado".

Só em seus momentos de conversas íntimas com sua alma, ele sorria no beliche do confortável alojamento da cabine,  e só entre ele e ele ousava falar em silêncio, até prá nenhum dos seus amigos pescadores pensarem mal dele, afinal tinha a fama de pescador machão prá preservar.

-Filho da mãe, Mórmon desgraçado, me construíu o melhor barco do mundo!!!!

Nessa altura o Eric já havia percebido de onde o mórmon tirou a inspiração para construir o barco.

Do peixe...skipjack!

A curvatura do casco, e o formato das quilhas...

Copiou tudo do peixe, inclusive as formas das nadadeiras inferiores e as posições delas na barriga do peixe veloz!


E para não comprometer a "alma" do casco, sua longarina, havia disposto as quilhas,  uma de cada lado dela, e com isso . tornando o barco  de navegação fácil, obediente aos comandos ,   a leveza e suavidade na cana do leme.

Após ter feito sua farta e deliciosa refeição , ( receitas do guisado e do bolinho , em outra página do Blog )
Eric bateu um olhar para uma das margens da baía e viu um veleiro de turismo encalhado, ostentando a famosa bandeira de listras vermelhas e brancas e as estrelinhas num retângulo superior esquerdo , hasteada num mastro de pôpa.

Estava tripulado por senadores de Washington, em viagem de laser com suas , belas secretárias.
Haviam descido o Rio Potomac, da Capital até aquele ponto da baía, prá brincarem de sacanagens com  as moças, suas secretárias, ou quiçá, suas "estagiárias".

E todos, pelo que viu o Eric no maior pavor, entregues às gulodisses dos enormes pernilongos que os atormentavam, na nargem quase sêca da baía.

Pediram, desesperados prá que o pescador de ostras e caranguejos , fôsse procurar socorro para desencalhá-los.

O Eric nem deu bola prás súplicas dele, e calmamente avaliou a situação.

A quilha do iate veleiro de luxo dos políticos, lastreada com duas toneladas de chumbo, enterrada até o gargalo na lama. ( só pôde avaliar o pêso dela , mais tarde )

O mais graduado do Capitólio à bordo, perdeu a paciência com o Eric.

-Vai buscar socorro prá nós seu plebeu, proletário, pescador de merda...

Eric, fingindo não ter escutado a ofensa, desenrolou 50 jardas de cabo de sizal tecido pelo filho do mórmon, e atirou uma das pontas pro skipper do barco de turismo, um almofadinha, todo vestido de branco e com chapéu de capitão na cabeça, que segundo Eric, bem ôca, prá ser surpreendido pela maré baixa.

Mandou o skipper escalar o mastro do barco  e amarrar o cabo bem firme na ponta dele.

Amarrou a outra ponta numa das tamancas da pôpa do seu SkipJack...

Içou a belíssima vela feita pela esposa do  crente construtor do melhor barco que ele já havia navegado, no maior rizo possível, expondo ela inteira ao primeiro sopro de brisa forte que viria do norte e que ele já a via se aproximando entre nuvens densas , cinzentas, e  escuras.

Como bom e sério marinheiro, preveniu os tripulantes prá se agarrarem firmes no veleiro encalhado.

Não demorou nem 3 minutos prá "brisa" , brisa uma ova, um ventão daqueles insuflar a vela do Skipjack.

Competentemente, Eric conduziu seu barquinho em direção contrária ao eixo transversal da borda do iate à ele exposta..

Fez de conta não ter escutado a gritaria histérica dos políticos corruptos e suas "comidinhas".

O mastro do iate se dobrando em direção à pôpa do SkipKack, lentamente...

A cada grau  de inclinação conseguido , os guinchos de gritarias  histéricas no iate...aumentavam!

Menos de 1 minutos depois o mastro do iate, estava deitado nas águas da baía de Chesapeake.

A porra da quilha de 2 ton. e mal  projetada para a pequena  dimensão do iate, já exposta, derramando lama  cinzenta  sobre as plácidas águas...

A gritaria e histeria no iate, à mil...mas todos bem agarradinhos onde puderam.

Uma vez liberado da lama, o iate simplesmeste não ofereceu nenhuma resistência à velocidade do SkipKack, que o arrastou por uns bons 300 pés, até onde já havia profundidade para flutuar de maneira mais digna.

A porcaria da quilha mal projetada, pelo menos serviu prá ser o João Bôbo do iate e botá-lo de pé em águas mais profundas.

Eric mandou o skipper do iate desamarrar o cabo do mastro do barco dele e o recolheu calmamente.

Olhou prás pessoas no Iate...

Pálidas ainda, mas comemorando o desencalhe com euforia, já fora do alcance dos terríveis pernilongos das margens.

No que Eric, aproximou seu casco ao deles, recebeu ofertas generosas de champagnes geladíssimas e francesas...

-Só bebo bourbon da marca do perú selvagem ( Wild Turkey )! falou pros políticos corruptos e frescos de Washington.

O skipper (capitão) do Iate dos políticos perguntou pro Eric quanto ele iria querer cobrar prá tê-los desencalhados da lama ...

-MIL DÓLARES!

O político mais graduado do Capitólio, ficou vermelho e espumou de ódio na hora.

-Pescador Filho da Puta, você não gastou mais de cinco minutos prá nos desencalhar...

-Perdão senhor , não estou cobrando mil dólares pelos meus cinco minutos de trabalho  prá desencalhar seu Iate...

-Ahhh...bom ...e quanto então?

-Apenas um dólar...por fazer o serviço, senhor... e,

 NOVECENTOS E NOVENTA E NOVE DÓLARES POR "SABER"  COMO FAZER!

(*) receitas  do guisado de ostras , bolinhos de caranguejos, e coquetel de caranguejo,  seguirão no Blog, ainda em construção

VELEJAR É . . .

 


Temerário tentar NEGOCIAR a INVESTIDA na BARRA
Naquelas condições e a noite...
AFILEI o SLOOP e deitei FERROS em leito de pedras
SLOOP GARROU
Tentei novamente AMARANDO por uma milha
Encontrei fundo de areia à 35 pés
Se não viesse a dar uma boa POITADA
Teria que tentar colocar o SLOOP , À CAPA
E em FÔRÇA 3 à BARLAVENTO
Com Vagas de 17´ e CAVAS poucos distanciadas
Entrando um S-SE ,  à MEIO TRAVÉS DE POPA
Na AMURADA DE BORESTE
 DANFOR 15 Kg UNHOU
Já de PANO DA GRANDE RIZADO e MASTRO
Em ÁRVORE SÊCA, fui a FAINA pré – pernoite
Usei o CINTO DE SEGURANÇA...e fui à PROA
Examinar a TAMANCA
Na escuridão, me guiando pelo GUARDA-MANCEBO
O PÚLPITO DE PROA, sobre 1/3 do GURUPÉS
Recolhi o PAU do SPINNAKER
Qua havia armado durante três boas horas
Naquela manhã em ASA DE POMBA com vento de PÔPA
À 25 knots
Ajustei a ADRIÇA para manter a RETRANCA firme
Examinei o BURRO
Tudo Ok no COCKPIT  e no DOG-HOUSE
ESTAIS e BRANDAIS com seus caracteríscos gemidos
Pela fôrça do Vento...
MANILHAS ...OK
WIND-WANE desativado...
XENON do topo do MASTRO ligado
ESCOTILHAS de CONVÉS bem fechadas...
Jantar à Vista
Não sem antes dar uma passada pela
MESA DE NAVEGAÇÃO, checar ...
SSB , o VHF e o GPS
A Caixa de Madeira revestida internamente com veludo azul marinho
No lugar certo e abrigando o SEXTANTE para TOMADAS
 MERIDIANAS em Navegação Astronônica
Seguro morreu de velho...”VÉIO”
Pois vai que algum danado de um transistor da placa eletrônica
Do GPS pifasse...
Sem SEXTANTE, ...Marinheiro  no Mato sem Cachorro...
Mas...
Navegação tranquila...até aí
 RUMO e CURSO corretos
Indicavam os X de cor Azul marcados na LINHA de DERROTA
Préviamente traçada na CARTA 5201
Posição atual
7°34´223´´ S
51°16´44´´ O ( Greenwitch )
CRONÔMETRO indicando 23h14´´ 32´´
BARÔMETRO à 1.022 de PRESSÃO
TERMÔMETRO 21° C na COLUNA de MERCÚRIO
De Temperatura no  Ambiente Externo
E  23° C na CABINE
De sob o PAINEIRO usado como DESPENSA
Retirei um dos pacotes de Sopa de Aspargos e
Bolachas de água
O Fogão montado sobre EIXOS CARDÃ , queimando
QUEROSENE e aquecendo a água na panela
Refeição feita
Bocejos a mil
BELICHE à espera
Ahhh...quase esqueci de ligar o alarme sonoro do RADAR
Pronto!
Se alguma embarcação  Petroleira se aproximasse
De maneira mal intencionada...CABOTEANDO...
Os Pi-Pi-Pis do RADAR  me alertariam e me acordariam em tempo
TURNO  programado...
O despertador acionaria de hora em hora
Uma rápida verificada nas condições do SLOOP e sono de novo...
Por mais 45 minutos
Dormir é?
PUTZ gente...
BANZEIRO total até o dia clarear
Clareou com sol em dia claro e sem nuvens
Vento NE à 7 knots
ORÇA FOLGADA  à vista
WIND-WANE iria trabalhar e dar folga ao SKIPPER na
TIMONADA da RODA do LEME...
Tempo de atualizar o DIÁRIO DE BORDO
Desfrutrar das delícias de uma navegada silenciosa
Sem precisar MOTORAR
BIGODES  de espuma branca chiando no PONTAL
AFILADO da  PROA
IMPELLER  do LOG  na ESTEIRA
Linhas n´água...
SLOOP  à PANOS CHEIOS  em ASA DE POMBA...
A GRANDE cheia
Na AMURA de BAMBORDO
GENOA 3 INSUFLADA na
AMURA BORESTE
VHF  estalando no CANAL 16
Folga no LEME...
SOL à PINO...
DOURADO  engatado no anzól...
Panela frigindo óleo no fogão
Latinha de cerveja geladinha na mão...
BÚSSOLA  na MARCA dos 17° N MAGNÉTICO
WIND-WANE sustentando o CURSO de maneira eficiente
Com constantes , porém pequenas BORDEJADAS
Sem JAIBES MALUCOS...
Nem PINGOS nos Ís dos TIMONEIROS de primeira VELEJADA
Escrevendo seus nomes na linha traçada na CARTA
FERNANDO DE NORONHA À VISTA NA PROA...
Não muito dífícil de perdê-la na vastidão do Atlântico...
Já com o ATOL DAS ROCAS , a conversa é mais embaixo
Perdê-la, seria um grande feito de insucesso.
Como seria tentar explicar isso aos amigos do bar no clube?  
Caso isso viesse a me  acontecer?
-Não acredito Zé, como conseguiu a grande façanha de perder o Atol das Rocas?
Mas velejar não é só pagar  micos
Passar sustos em temporais
Deitar mastro na água
E  ver o mundo  se virar
Numa boa capotada
De João Bôbo minha quilha
Ou tem tudo
Ou não tem nada
Quietinha ali no fundo
Prá fazer a desvirada 
Velejar não é só raspar as cracas
Do casco e do hélice
Envernizar a teca
Ser mecânico de motor
Eletricista de plantão
Remendador de Velas
Costureiro de ocasião
Como sugeriu o Eric
Falemos do golfinho
Que junto à baleia
Afugentam o tubarão
Como bem  disse o pioneiro
Nada igual ao golfinho
Joshua Slocum bem  maneiro
Cuidado Zéééé...baleia à frente
Jaibe de bordo
Retranca passa rente
Colisão com baleia
Visita ao fundo
Me creia
Do Arroio Chuí ao Oiapoque
Cormorans e patolas
Andorinhas , atobás
Pelicanos e fragatas
Skuas e gaivotas
 Onde reina o Albatroz
Magestoso e grande az
Montar Cabos e Faróis
Enseadas e baías
Dunas e falésias
Sem contar os dias
Arrecifes e Corais
Estes não comuns
Ver os saltos das baleias
E onde dançam os atuns
Um bastardo com sua verga
A jangada soberana
Um caiçara que se enxerga
Passa rio passa serras
Sobe ondas , desce às cavas
E por onde que se passa
Muitas cores muitas caras
Com a linha e anzól
Ou snorkel e um arpão
Sem soberba e faról
Uma bela refeição
Com Sloop companheiro
Não se sente solidão

PIRATA ZULMIRO - A LENDA


Conta a lenda, que um certo filho de nobres ingleses, numa viagem de recreio à bordo de uma nau britânica com destino à América, foi aprisionado por um pirata do Caribe,no mar das Antilhas, nos meados do século XVIII.
Entre muitos dos famosos da época, especúla-se muitos, qual deles foi o captor de David Burfield , o mais citado, como sendo o Barba Negra...mas como lenda aceita qualquer hipótese descompromissada com veracidade, digamos que seja ele...muito improvável, mas que vá lá!
Vou tratar nesse texto, o pirata como sendo o sanguinário corsário espanhól, conhecido na época como D. Pedrito Astúrias...vulgo, El Buccanero...o mais provável deles.
O rapaz de apenas 17 anos, chamou à atenção do seu algoz, pela maneira debochada , como encarou seu sequestro.
Apesar da pouca idade, David já havia conhecido quase todas as tabernas do cais do porto do Rio Tâmisa, em Londres, e a maioria das suas prostitutas de plantão.
Bebido de todos os vinhos , malte e run...
Conhecia bem o ópio e os lânguidos prazeres proporcionados pela droga de origem chinesa.
Considerado  como irresponsável com as finanças da família, depravado e até herege, seu sumiço nos mares do Caribe, não causou nenhuma comoção forte no seio da família e amigos dessa, à exceção dos seus amigos de farra e das mulheres  das tabernas, que tiveram seus rendimentos drásticamente reduzidos.
Nem remorosos de o terem  enviado à colônia para aprender a ter mais juízo, numa terra agreste, formado pela escória do Reino civilizado e de outros povos europeus e asiáticos, que ali chegavam em busca ouro e prazeres, muitos deportados de seus países de origem para desocuparem espaços nas celas das prisões, apinhadas de ladrões e vagabundos.
O corsário pirata estava , como era tradicional na época, à serviço dos espanhóis em guerra contra os britânicos, daí a vantagem de pilhagem das cargas dos inimigos.
Espanhóis, portugueses, holandeses, francêses e os próprios britânicos se utilizavam dessa estratégia a fim de causarem incômodos morais e prejuízos financeiros aos adversários de entreveros.
El Buccanero, ficou impressionado com os, parcos mas interessantes  conhecimentos que o rapaz possuía de outros idiomas, aprendido nas tabernas, o que lhe seria útil, por não conseguir se comunicar com muitos dos seus tripulantes, sequestrados em bordéis das Ilhas caribenhas, de outras línguas não espanholas, para servirem como tripulação de seu clipper de três mastros, construido no estaleiro de um mórmon na Baía de Chesapeake, na costa leste da colônia inglesa para um fazendeiro produtor de tabaco e algodão, para travessia do Atlântico, entregar  aos  lordes comerciantes de Londres, seus financiadores, sua produção.
O clipper leve e rápido, tripulado por ingênuos marujos, foi presa fácil e incorporado à frota de Buccanero, tornando- se nau capitânia de seu bando.
O capitão da nau inglesa, e amigo do pai do garoto, na intenção de livrá-lo do fio da espada do carniceiro, pediu clemência para David à Buccanero falando de suas qualidades culturais e conhecimento de outros idiomas, podendo ser útil ao corsário , se...vivo.
Buccanero pensou nessas vantagens antes de cortar a cabeça do arrogante capitão fleumático.
 - ¿Cuál es su nombre  niño? Buccanero inquiriu seu prisioneiro.
David mais que rapidamente e espertamente, fez o que sabia e com maestria , . . .mentir, na esperança de salvar a pele.
- Zulmiro mi nombre y mi abuela era portugués ...
- ¿Y quién es su padre, que es noble y rico? O pirata, avaliou a possibilidade de uma boa chantagem e polpudo resgate.
- Ohhh no ... Mi difunto padre era pobre ... Yo soy un huérfano! Mentiu novamente.
- ¿Qué idiomas sabes?
- Un poco de Inglés, francés, alemán, holandés e italiano, así ... e. ..
-Basta...será poupado e vai traduzir minhas ordens à esses bastardos dos meus marujos voluntários estrangeiros!
- Quanto vai me pagar, sr. . . .“ Putanero” ?
- BUCCANERO, seu imbecil, água, comida e a Prancha sob espada e dentes de tubarões  se   desobedecer minhas ordens, e tentar se amotinar , seu  pederasta filho da puta!
-Não precisa se exaltar “meu capitão’ , foi só uma perguntinha tôla, mas e onde vou dormir? Numa cabine individual e bem confortável , presumo...
 Bucccanero bebeu sem pressa um gole generoso de run ,sorriu , arrotou,  e olhou para o cêsto da gávea, no alto do mastro do meio, de maneira bem sugestiva.
-Mas...de jeito nenhum, não sou gaivota prá me pendurar em cima de mastros, nem papagaio de ombro de pirata prá serví-lo ,seu...Putan...digo, sr. Baccanero!
Putanheiro e bacanal eram as palavras mais frequentes no vocabulário do rapaz, nas tabernas e bordéis às margens do Tâmisa...
 - Timonel! Cortar el verguita del mariquita afeminado, y ahora! O corsário já vermelho de bravo, gritou a ordem para seu timoneiro, um holandês enorme, parecendo um gorila ruivo peludo e cego de um olho.
-Calma, meu capitão, já tou subindo pros meus  aposentos...mas sob protestos é claro! David, falou sentindo um arrepio  só de imaginar ser privado do seu maior patrimônio, e tão a gôsto das garotas mais experientes  dos bordéis.
-El Timonel... se cortó el pene maricón ... ahora esto!
David subiu os 45 degraus de corda em tempo recorde, causando admiração aos tripulantes por sua grande e repentina agilidade em escalar mastros.

E foi assim que David  se tornou o pirata Zulmiro e esses foram seus primeiros momentos como tripulante “ voluntário”...do clipper anteriormente chamado de Ariel e rebatizado como “Madre de Diós” por Buccanero após sua captura.
Alguns meses após, Zulmiro havia ganho a confiança do capitão, dos tripulantes, e algumas regalias também, por bom comportamento , obediência.
Principalmente pela sua bravura durante as abordagens às naus assaltadas.
Aprendeu rapidamente como passar o fio da espada nos pescoços dos aturdidos e apavorados marujos dos navios que tinham suas cargas pilhadas, o que lhe  rendeu  promoção à Imediato do capitão.
Ao fim do primeiro ano como Imediato, já havia conhecido a pequena Ilha no mar das Antilhas, entre Tortuga e Isla Margarita, onde Buccanero armazenava os tesouros representados por barras de ouro, prata, moedas e jóias, fruto dos butins amealhados dos navios, inimigos  da Coroa Espanhola, à quem servia...
Zulmiro percebeu que o esperto corsário, jamais iria dividir o butim com seus tripulantes, muito menos com a Corte de seu reino.
E já conhecia bem o ditado popular...
“ Quem rouba ladrão tem cem anos de perdão “
A grande oportunidade, surgiu durante uma orgia num bordel, na baía da Ilha de Tortuga, após sangrenta derrota imposta a uma nau francêsa de 45 canhoneiras, muito mal tripulada.  
Tomado por um sentimento de bondade para com seus marujos, Buccanero  presenteou a tripulação com duas dúzias de tonéis de run pela vitória.
O momento ideal  e mais propício para colocar em prática o plano concebido à vários meses, com seus três  fiéis conspiradores do secreto motim, dois holandeses e um francês, que não mais toleravam o barbarismo de Buccanero.
Pouco antes do amanhecer, Zulmiro e seus três cúmplices, que espertamente se mantiveram sóbrios a noite toda, notaram os marujos espalhados pela areia na praia, dormindo totalmente embriagados.
-Vai ser bem fácil, gente...o escaler está na água como planejamos Peter?
-No lugar e pronto para partir, imediato, com três dos melhores pares de remo.
- Ótimo, lembram do plano não é?
-Claro, só iremos passar o fio da espada no pescoço do capitão, não temos nada contra os outros! Johann falou por todos.
- Colocaram os tonéis de óleo de baleia nos escaler?
-Como foi planejado , Imediato! Jean-Pierre, confirmou
-Muito bem, o “Puttanero” tá dormindo bêbado como um gambá...vou lá passar a espada nele, e me esperem com o escaler flutuando e prontos para remarem o mais rápido que conseguirem.
-Em quantas naus iremos atear fogo, chefe?
-Em todas, mas só depois que as soltarmos dos ferros, pois a corrente os afastará da costa em chamas, sem dar oportunidade de alguém salvá-las antes de sossobrarem...nada de perderem tempo levantando as âncoras, cortem os cabos!
Numa ação rápida e bem cordenada, Zulmiro cortou a cabeça do capitão, livraram das âncoras os outros quatro barcos da frota do bando  e atearam fogo neles, usando o óleo de baleia como combustível.
A bordo do clipper, já com velas cheias e se afastando rapidamente da costa puderam ainda até verem a correria e gritaria dos piratas correndo pela praia como baratas tontas e maldizendo as almas dos quatro amotinados.
O tonél de run que restara no clipper, serviu de festiva comemoração pela espetacular ação bem sucedida do grupo amotinado.
-E agora, imediato, o que vamos fazer?
-CA-PI-TÃO, senhor Jean-Pierre...sou ”seu”  Capitão agora, lembre disso.
-Tá bem Capitão, mas qual o plano ?
-Direto prá Ilha da caveira nos apoderarmos do tesouro...
-Obaaaa...mulherada à vista...
-Run às pencas...
- E  naus recheadas de ouro à nossa espera no Caribe!
-Nada disso pessoal , de agora em diante vamos trabalhar honestamente, e o plano é o seguinte...após roubarmos o tesouro, rumaremos prá Isla Hispaniola, onde há um estaleiro clandestino que tranforma os porões dos navios de carga em prateleiras para transporte de negros capturados no interior da Africa e vendidos em Cuba, na América e no Brasil...
-Ô lôco chefe, vamos traficar escravos agora? Isso é coisas prá maricas!
-Que nada, é prá marujos bem machos como nós, ainda mais agora que a Inglaterra declarou a atividade ilegal e botou a Royal Navy à caça de navios negreiros no Atlântico...
-Esses almofadinhas frouxos, empaladinhos em engomados uniformes brancos? Jean-Pierre falou admirado pela audácia desses imperialistas que detestava.
 -Eles mesmo...ah ah ah
-Já botamos muito deles prá correr e com menos canhoneiras que eles! Peter lembrou.
- Mas como sabe desse negócio de escravos chefe?
-Esqueçaram que antes de ser capturado, conheci todas as tabernas e bordéis do Porto de Londres, e lá as notícias mais frescas vindas do mar correm a solta?
-Ilha da caveira à proa capitão!!! Peter berrou da gávea do mastro.
- Otimo, precisamos agir bem rápido e cair fora desse quadrante, antes que os amigos do Buccanero venham atrás de nós se vingarem...
-Por falar neles, sabe que te apelidaram de Barba Ruiva? Ah ah ah
-É bom, quanto mais apelidos me derem mais confusões farão...
Após surrupiarem o tesouro de Buccanero, nada leve por sinal, pois demandou quatro viagens com cargas totais do escaler repleto de arcas...Johann , o ex-timoneiro de Buccanero , e que fora incubido de cortar o bilau de Zulmiro , recebeu as coordenadas da Isla Hispaniola, e acertou  o rumo para NE à  7° N magnético.
Durante a gostosa navegada em orça, pois o grande ventilador dos alízios soprava contínuo em direção contrária às correntes, Zulmiro falou à seus comparsas como funcionava o comércio de escravos.
Eles são capturados no interior da selva, por caçadores norte-africanos, os árabes , em aldeias pequenas e levados até a costa da Angola, onde há um curral enorme pertencente aos padres jesuítas espanhóis que...
-Peraí chefe, não vai me dizer que os padres estão metidos nesse trambique, né? Johann perguntou incrédulo.
-E como estão rapazes, mas por uma causa nobre e  em nome de Deus, que não permite que escravos sejam transportados antes de catequizados, daí eles de maneira muito bondosa, cuidam de afastar os demônios das almas dos pagãos, os batizam,  e tudo a um prêço módico pela hospedagem nos currais, que cobram dos árabes...em barras de ouro e prata!
-Putz...que canalhas, mas são piores que  os piratas do Caribe! Jean-Pierre se mostrou indignado, esquecendo ser um deles.
-Vale a pena os riscos, chefe?
-Se vale, compra-se a carga em Angola e se vende por 20 vezes mais na entrega, mesmo com o que sobra da carga, pois os negros mais fracos vão morrendo pelo caminho. Ouvi dizer que de uma carga de 300 cabeças, se consegue umas 200 prá negociar...
-E onde se vende...na colônia britânica?
-Ahhh...a costa da América está muito vigiada pelos ingleses, mas tem um porto bem melhor e mais seguro...
-Onde?
-Na América do Sul, numa ex-colônia portuguesa conhecida como Brasil, um porto chamado por Belém, no Grão-Pará...dizem que fica num rio muito grande, maior que o Tâmisa, e que lá os ingleses não se atrevem a entrar...
-Porquê?
-É que a colônia agora é da Espanha que está dominando Portugal , e como eles estão em guerra com os ingleses, os espanhóis os atacariam e os afundariam...
- A Espanha permite o tráfico?
-Claro, os fazendeiros da colônia precisam de mão de obra, e a Companhia de Jesus do ouro e da prata.
-Chefe, estamos carregando todo o tesouro no clipper..será que nesse estaleiro, não irão tentarem nos roubar?
-Já pensei nisso, e durante as obras no barco, manteremos os báus na minha cabine, trancada e ficaremos vigiando.
-E depois?
-Ouvi falar de uma pequena baía, no sul da costa da colônia, bem longe das rotas dos mercantes, outros piratas e armadas...acharemos lá algum lugar apropriado prá o escondermos...
E assim foi.
Feita a preparação do porão, seguiram rumo à esta baía, cabotando a costa da colônia, até finalmente encontrarem a tal baía onde havia uma pequena vila e muitos morros.
Zulmiro ,escolheu um pequeno morrete, porém estratégicamente  abrigado, dentro da baía e que do topo dele poderia se ver o mar à volta e servir como observatório de barcos adentrando a baía.
E foi no Morrete, com 94 metros de altura que esconderam o tesouro, dentro de uma caverna natural de pedras, com entrada pequena e disfarçada entre arbustos.
Foram mais de cinco anos de próspero comércio de escravos, até que o cansaço das batalhas contra a Royal Navy e a monotonia das longas viagens os entediarem,  e encerraram o negócio.
Num pequeno estaleiro de um português na baía, o esconderijo do tesouro, contrataram o desmantelamento da gaiola do porão do clipper e passaram a fazer cabotagem entre esta, o porto de Santos e do Rio de Janeiro, levando peixes, madeira de lei, produtos agrícolas da região e trazendo mercadorias estrangeiras para abastecer os comerciantes locais.
Descobriram  o quanto pagavam mal por trabalho honesto e desistiram desse negócio rapidamente.
Jean-Pierre, sonhava  morar numa das Ilhas paradisíacas da Polinésia descobertas por seus compatriotas franceses e viver luxuriosamente entre as belas waiines morenas dançando hullas para ele.
Johann e Peter, viverem na cidade do Cabo, onde os seus compatriotas holandeses estavam iniciando a colonização daquela região da África.
Zulmiro, decidira viver entre a pequena vila da baía, conhecida por Vila de São Luiz da Marinha de Guaratuba e a Vila de N. Sra. da Luz dos Pinhais, atual  Curitiba, uma florescente cidade do planalto e não muito distante da baía.
Misteriosamente Johann e Peter caíram do clipper e morreram afogados no mar, após uma noite de muito run.
Jean-Pierre foi encontrado degolado pelos índios da vila, num mangue, já semi-devorado pelos caranguejos e siris.
-Coisas do destino! Pensou Zulmiro pesaroso pela perda dos três fiéis companheiros, em condições tão trágicas.
 - E agora terei de cuidar do tesouro...sózinho! Pensou bem triste.
PS.: Em Curitiba, centenas de caçadores de tesouros, escavaram  vários bairros na esperança de encontrarem o folclórico tesouro do pirata Zulmiro.
Em Guaratuba, buracos e mais buracos no Morro Morretes...
Se duvidarem disso, pesquisem no Google, como “ Pirata Zulmiro”...e vão encontrarem farto material a respeito da lenda.
Ahhh...o morro chamado agora de Parque Morretes me pertence, por herança...mas até hoje , confesso, só encontrei ratos, cobras e gambás por lá...nada de tesouro de piratas, juro.